Vigilância da saúde no espaço de práticas da atenção básica
Muitos estudos vêm surgindo destacando o que de fato é realizado a partir dos modelos assistenciais implementados ou de que forma os princípios do SUS se concretizam. A partir de tais estudos, é possível perceber que os modelos vigentes não atuam de forma ideal, não se mostrando satisfatórios para atender as demandas da população brasileira. Surgem então propostas para reorganização desses modelos, tomando como base as necessidades a serem atendidas.
Uma crítica inicial traz a divergência de dois tipos de atendimentos. O modelo médico assistencial-privatista ( com a saúde individual e curativa e predomínio de hospitais) e o modelo assistencial-sanitarista (destacando as unidades de saúde, que promovem campanhas, programas e ações de vigilância sanitária e epidemiológica). A coexistência desses tipos de atendimento impede que haja uma atenção equilibrada e integral à saúde.
Concordo com o artigo quando ele defende que a resolução desse problema estaria associada ao sistema de saúde brasileiro se tornando mais humanizado e resolutivo. Entre as principais propostas encontra-se a vigilância da saúde, que permite a reorientação do processo de trabalho quando reconhece o território como conceito fundamental.
O conceito de território se torna essencial, já que é possível planejar a atuação na saúde com base no mapeamento do espaço e determinar as necessidades particulares daquele espaço. Tal ação contribui para uma maior efetividade do serviço de saúde, garantindo maior cobertura, acesso e qualidade na atenção à saúde. O processo de mapeamento contribui para o estabelecimento de vínculo entre os serviços de saúde e população e maior contato com os aspectos sociais, econômicos e culturais locais, que garantem maior entendimento dos problemas existentes ali. E isso é de