Vigiar e Punir
Resenhistas: Ariadna Gomes Ferreira de Souza
Michel Foucault (1926/1984), francês, escritor, pensador e filósofo. Em Vigiar e Punir, o autor faz referencias a respeito do poder soberano e seus abusos durante vários períodos da história, apresentando uma visão geral do direito penal: como era o exercício das penas nos regimes absolutistas europeus. Mostra os terrores e tamanha crueldade aplicados aos condenados, e faz uma comparação com o modelo adotado nos regimes democráticos, como os delitos penais foram idealizados e aceitos historicamente. Vigiar e Punir de fato pode ser entendido como um documento de extrema importância histórica, que narra sobre os meios de coerção e suplício, relatando como era as disciplinas nas prisões daqueles tempos. Revela como o controle social, embasado ao direito, se dava especialmente no regime monárquico. Essa obra de Michel Foucault revela com clareza a forma de punição que perdurou até o início do século XVIII, principalmente nos países europeus, onde o castigo que se aplicava aos condenados era de uma crueldade ímpar - o sofrimento físico brutal aplicado servia para exibição e manutenção do poder soberano. O autor narra o contexto histórico mostrando as principalmente maneiras de aplicação de flagelo humano, época em que a soberania do estado não aceitava qualquer pensamento sobre os direitos dos indivíduos, nem os mais fundamentais á sobrevencia. As penas iam de torturas das mais cruéis, humilhações com exibição dos condenados nus em praça pública, mutilações de membros seguidas de incêndios, decapitações seguidas de facadas lançadas ao peito, enforcamentos, até banhos em caldeira de água fervente. Era assim que o rei, todo soberano, fazia suas manifestações de poder sobre os corpos dos condenados, pois precisava servir de exemplo para seus súditos. Segundo o autor, a violência