VIGIAR E PUNIR PARTE 3
O poder não é, ele está, em tudo, inclusive na sociedade. A disciplina, considerada com o modernismo uma tecnologia de poder, é individualizante, pois, se exerce no corpo de cada individuo, construindo-o pela ação do poder no mesmo.
O meio para disciplinar as pessoas, no pensamento de Foucault, era pelas instituições sociais, ou melhor, instituições de seqüestro, como escolas, presídios, hospícios e hospitais. De tal modo que, os corpos, apenas, confinados, seriam capazes de ser disciplinados, ou seja, moldados, por meio da disciplina.
A Disciplina tem tanto a função de dominação, quanto a de controle, e produção, excluindo ou domesticando comportamentos dos indivíduos, com intuito da organização social. Assim, a disciplina fabrica corpos dóceis, e todos os problemas, tanto sociais quanto emocionais, comparando com os dias de hoje, podem ser resolvidos com a disciplina, porque como citado acima, ela molda a conduta do individuo.
“Em suma, a arte de punir, no regime do poder disciplinar, não visa nem a expiação, nem mesmo exatamente a repressão”. Trecho referente ao texto de Vigiar e Punir. Quer dizer que, a punição, não é necessariamente a repressão, ela é causada pela fuga de um principio, de uma regra a ser seguida em conjunto, sociedade.
A vigilância pode ser considerada como um dos mecanismos mais eficazes da disciplina. Foucault mostra que atos de poder, como o autocontrole e atitudes, não são apenas produzidos pela violência e força, e sim pela sensação de estar sendo vigiado.
A partir dessa vigilância, o poder passa a se tornar anônimo e automático, pois o vigiado não sabe quem está vigiando e nem quando será punido, porém sabe que estará sempre sendo vigiado.
Para Foucault, espaço e tempo precisa da disciplina, faz parte do dia a dia dos indivíduos, e em vários casos, requer punição. A forma de vigiar se dá através dos espaços que o indivíduo ocupa na sociedade de modo organizado.
As leis são disciplinas