Vidas Secas
Graciliano Ramos é o principal ficcionista da literatura brasileira da década de 1930, que se caracterizou pela temática social, focando, os aspectos relacionado ao Nordeste brasileiro, como a seca, o coronelismo e a exploração. Essa tendência recebeu o nome de neorrealismo nordestino. Ao mesmo tempo, os autores da época continuaram a proposta moderna de uma literatura de resgate da linguagem coloquial.
O romance Vidas Secas, publicado em 1938, consegue o feito de apresentar de maneira sintética uma visão da sociedade brasileira em seus níveis mais profundos.
O livro apresenta sete personagens sendo eles:
- Fabiano: É um nordestino retirante, é explorado pelo patrão e tenta sempre conter a raiva para não perder o emprego.
- Baleia: A cachorra da família é muito querida pelas crianças. Pensa como gente e sofre com as dificuldades da seca e da falta de comida.
- Sinha Vitória: A esposa de Fabiano tenta evitar que o marido caia nas mentiras dos trapaceiros. É esperta e sabe fazer contas.
- Menino mais velho e Menino mais Novo: Os filhos do casal, não são identificados com nomes. O mais novo admira o pai e o mais velho tem interesse pelas palavras da mãe, procurando ficar mais próximo dela.
- Tomás da Bolandeira: Um amigo de Fabiano aparece apenas em suas lembranças.
- Patrão: O dono da fazenda onde Fabiano se instala com sua família, é desonesto e explora os funcionários.
- Soldado Amarelo: Um militar que convida Fabiano para jogar cartas e acaba prendendo Fabiano.
Quando a narrativa começa, Fabiano e sua família, formada pela esposa Sinha Vitória, os filhos identificados apenas como Menino mais novo, o Menino mais velho, e a cachorrinha Baleia, caminham sob o escaldante sol do nordeste. Encontram uma casa abandonada e ali se abrigam, na esperança da passagem da época de seca.
A chuva chega, e com ela aparece o patrão, dono da terra, expulsando Fabiano do lugar. Para continuar na terra, Fabiano se oferece