Vidas secas
A obra “Vidas Secas” de Graciliano Ramos publicado em 1938, é composta por 13 capítulos, retrata a vida dura de uma família de retirantes nordestinos que sofriam com as secas. A família era composta por Fabiano, Sinhá Vitória, seus dois filhos e a cachorra baleia. Juntos lutavam por sua sobrevivência em meio a essa situação.
Após caminhos incertos, Fabiano vai abrigar-se em uma fazenda abandonada trabalhando de vaqueiro. A pedido de sua esposa, Fabiano vai a cidade comprar mantimentos. Ele encontra um soldado, o qual o convida para participar de um jogo de cartas, em seguida o mesmo abandona o jogo e desrespeita o soldado amarelo, que o leva preso. No acerto de contas o personagem é enganado pelo seu patrão que o dispensa. A cadela baleia era como se fosse da família, mas adoece e Fabiano a mata, temendo que ela passasse a doença para seus filhos. Após o retorno da seca, a família se vê novamente obrigada a fugir para o sul, na tentativa de uma vida diferente: seus filhos estudando, ter a sonhada cama de couro de Sinhá Vitória e ficarem velhinhos acabando-se como a baleia.
CONTEXTO HISTÓRICO
A obra de Graciliano Ramos, Vidas Secas ,foi publicada em 1938 ,anos após a crise de 1929.Esse fato foi considerado o pior e mais longo período de diminuição da atividade econômica do século XX.Este causou altas taxas de desemprego , diminuição do PIB,quedas no setor industrial.No Brasil,o setor agrário foi o mais abalado,porque a principal atividade econômica da época era a produção de café. O governo atual era Getúlio Vargas, onde o mesmo ordenou que queimassem as safras de café para que com isso houvesse aumento no preço do produto. Essa atitude beneficiava somente os produtores da região sudeste,causando declínio do nordeste brasileiro ,motivando a migração para o sul do país,em busca de uma melhor condição de vida.
Vidas secas é posterior ao modernismo. O modernismo foi um movimento artístico que impulsionou o rompimento com as formas