Vidas Secas
Uma Família que procurava
Por um lugar
Onde a seca não os atacava.
Fabiano, homem humilde e trabalhador
Esposo de Sinhá Vitória
Que era seu grande amor.
Já a Sinhá, mulher resignada e fiel
Mesmo com toda aquela situação
Cuidava dos seus filhos
Cumprindo seu papel.
Crianças inocentes,
O mais velho e o mais novo
Sonhavam com tudo
Até pão com ovo.
E a cachorra Baleia,
Que mais parecia gente
Um membro da família
Era muito inteligente.
Durante a longa caminhada
Que parecia sem fim
Tiveram várias dificuldades
E quase comeram capim.
Há muito tempo viajavam
Até que uma fazendo abandonada
Eles encontraram.
Acharam então, um lugar para ficar
Onde a Fabiano,
Foi lhe oferecido trabalhar.
Na fazenda,
Por um tempo permaneceram
Até que um dia
Um Soldado Amarelo conheceram.
Fabiano, na busca por uma égua perdida
Sentiu uma presença estranha,
Era o Soldado, que desgraçou sua vida.
Mesmo com sua injusta prisão,
Fabiano com dó no coração,
Teve pena e ajudou o cidadão.
A família então deixa a fazenda
Em uma manhã bem cedo
Continuam sua busca estrada à fora,
Procurando um alento para suas vidas
Porém voltou a ser como outrora.
Uma noite eu tive um sonho...
Sonhei que estava andando na praia com o Senhor e através do céu, passavam cenas da minha vida.
Para cada cena que passava, percebi que eram deixados dois pares de pegadas na areia: um era meu e o outro era do Senhor.
Quando a última cena passou diante de nós, olhei para trás, para as pegadas na areia e notei que muitas vezes, no caminho da minha vida, havia apenas um par de pegadas na areia.
Notei também que isso aconteceu nos momentos mais difíceis e angustiosos do meu viver. Isso me aborreceu deveras e perguntei então ao Senhor:
- Senhor, Tu me disseste que, uma vez que resolvi te seguir, Tu andarias sempre comigo, em todo o caminho. Contudo, notei que durante as maiores atribulações do meu viver, havia apenas um par de pegadas na areia.