Vidas Secas-O Modernismo brasileiro no século 20

850 palavras 4 páginas
Trecho 1

“Mulher, desperta! A força da razão se faz escutar em todo o Universo. Reconhece teus direitos. O poderoso império da natureza não está mais envolto de preconceitos, de fanatismos, de superstições e de mentiras. A bandeira da verdade dissipou todas as nuvens da ignorância e da usurpação. O homem escravo multiplicou suas forças e teve necessidade de recorrer às tuas, para romper os seus ferros. Tornando-se livre, tornou-se injusto em relação à sua companheira. “

GOUGES, Olympe de. Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã.

Para Olympe de Gouges, o homem era escravo das superstições que o faziam se re­baixar diante do fanatismo e do rei. Com a Revolução Francesa, ele teria conquistado sua liberdade, mas acabou sendo injusto com a sua companheira.

Trecho 2

A mulher, mesmo com mais estudo que os homens não consegue, em média, o mesmo salário. Ou seja, para o nosso mundo, os homens têm mais importância que as mulheres. Do ponto de vista ético e político, trata-se de uma luta a ser travada contra a injustiça social.
Se a mulher, por razões culturais, foi condenada, durante muito tempo, a ser dona de casa, ter pouca escolaridade e ocupar-se de profissões femininas, isso não aconteceu apenas por culpa dos homens, pois muitas mulheres aceitaram e aceitam esses papéis. Em resumo, para Simone de Beauvoir, a condição da mulher é uma es­colha dos homens apoiada pela submissão das mulheres. Todos os seres humanos nas­cem livres, caso postos em uma situação de se sentirem melhor, é por sua liberdade e por sua responsabilidade que continuam a ficar onde estão. Por isso, para a liber­tação das mulheres, elas devem assumir a responsabilidade pelo que são, seres livres, e só ficarão submetidas ao preconceito por escolha própria.
A única libertação possível das mulheres virá da política, isto é, da união das próprias mulheres. Elas precisam se encontrar, reconhecer seus problemas, partilhar ideias, o que quer dizer que elas precisam lutar juntas. Não

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