Vida
O poema está repleto de referências à administração de D. Luis da Cunha Meneses (**), governador da capitania de Minas Gerais de 1783 a 1788. São treze ''cartas'' - de Critilo para o amigo Doroteu, em versos trazendo personagens e acontecimentos de um governo repugnante por sua corrupção e maldade, traduzidas por um “anônimo’’ - do ‘‘original’’ escrito por um ‘‘certo cavalheiro’’ que aportou aqui, vindo da América espanhola - e oferecidas aos governantes portugueses ‘‘para emenda dos mais, que seguem tão vergonhosas pisadas’’”. A sátira é uma voz da sociedade das Minas Gerais do final do século XVIII. *Tomás Antonio Gonzaga (Cronologia): 1744. Nasce na cidade do Porto em Portugal. Filho de Tomásia Isabel Clarque, portuense, e João Bernardo Gonzaga, brasileiro. 1745. Gonzaga, último de uma família de seis irmãos, é entregue aos cuidados dos tios, após falecimento de Tomásia. 1750. João Bernardo é nomeado ouvidor geral da capitania de Pernambuco, na então América portuguesa, para onde leva o filho. 1752. João Bernardo toma posse do novo cargo em Recife no dia 11 de março.
Gonzaga segue para a Bahia, onde continuaria os estudos no colégio de jesuítas.