Vida
O fato de algumas seleções terem sido prejudicadas ou beneficiadas pelo clima do Brasil pode embasar questionamentos sobre as diferenças climáticas, segundo Bruno Saneti, professor de geografia do cursinho Oficina do Estudante. Saneti lembra que em um mesmo momento, ocorreram jogos em Manaus, sob uma temperatura de 36 graus, e em Porto Alegre, com 9 graus. “Países com dimensões continentais têm essa diferença. A variação está relacionada à variação de altitude. O Nordeste, por exemplo, está próximo à linha do Equador, e a Região Sul é uma área subtropical.”
2) Bactérias e vírus “importados”
A chegada de turistas de partes tão diversas do mundo no Brasil pode ter provocado a entradas de novas bactérias e vírus que o país não estava habituado, de acordo com o professor Saneti. Nos Estados Unidos, que depois dos brasileiros, representam a nacionalidade que mais comprou ingressos para os jogos do Mundial, há centenas de tipos de bactérias e vírus que não existem no Brasil. As novas moléstias podem afetar seres humanos e até a produção agrícola e pecuária.
3) Ditadura e outras comparações históricas
Os professores acreditam que a Copa possa abrir oportunidade de fazer comparações do momento histórico entre o período atual e os anos que foram realizados o Mundial. Inclusive até por meio de fotos, ilustrações e charges. Para Paulo Moraes, do Anglo, há chance maior de haver uma comparação com o ano de 1950, em que o Brasil sediou a Copa, e era presidido por Getúlio, com os tempos atuais.
Fernando Rodrigues, professor de história do Cursinho da Poli, lembra que, em 2010, quando houve Copa na África, cobrou-se conhecimento sobre segregação racial nos vestibulares. "Quando a Copa ocorreu na Alemanha, em 2006, falou-se de Guerra Fria. Acho que, no Brasil, o assunto relevante é a ditadura que ocorreu em 1970 (quando o Brasil foi tricampeão). Há também o marco de 50 anos do golpe de 64.” Segundo Rodrigues, de 26 questões que abordavam o tema