vida
Para entender a história... ISSN 2179-4111. Ano 1, Volume set., Série 04/09, 2010, p.01-06.
A participação brasileira na 2º. Guerra Mundial é, na maior parte dos casos, descrita pela historiografia como limitada, circunscrita a um papel periférico e pontual.
O que é também registrado com veemência nos livros didáticos adotados no ensino fundamental e médio.
No entanto, a entrada do Brasil na guerra foi fundamental para alterar o equilíbrio hegemônico entre o Eixo e os Aliados, influindo diretamente no desenrolar do conflito.
Tivesse o Brasil optado por inserir-se na guerra ao lado da Alemanha, podemos arriscar conjeturar, os resultados seriam catastróficos para os norte-americanos e seus aliados.
O Brasil serviu de posto avançado para os norte-americanos deslocarem seus aviões, sem a base de Natal, por exemplo, a logística dos EUA teria sido imensamente prejudicada.
Além disto, os recursos naturais brasileiros serviram de matéria prima essencial ao esforça de guerra norte-americano.
Isto para não mencionar a participação da Força Expedicionária Brasileira lutando contra os nazistas na Itália, quando mais de 25.000 soldados ajudaram a libertar o povo italiano do domínio alemão.
A quem interessa diminuir o papel do Brasil no conflito?
Os historiadores ainda não investigaram adequadamente a questão da minimização do Brasil no panorama internacional da época da 2º. Guerra Mundial.
O que, igualmente, conduz perguntar por que a sociedade brasileira insiste em manter um relativo esquecimento sobre os sucessos obtidos pela FEB na Europa.
Enquanto outras nações retratam em super produções do cinema o que passaram na guerra, no Brasil nossos cineastas preferem enaltecer o crime e fazer apologia da violência do Estado contra a população marginalizada pela pobreza.
Precisamos de heróis, mas ao contrário dos norte-americanos, não construímos imagens positivas