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Tudo bem que tem horas que é preciso esconder a couve-flor no meio do arroz e amassar a cenoura junto com o purê de batata para o baixinho comer sem fazer cara feia. Mas como não dá para ficar refém desse tipo de comportamento, a melhor saída é apresentar ao pequeno, e desde cedo, frutas, legumes e verduras como algo natural e que faz parte da rotina da família. “É na primeira infância que são adquiridos hábitos que levamos para a vida inteira. Isso vale tanto para os bons quanto os maus hábitos”, afirma a nutricionista Rosemeire da Silva, da clínica Alfa Plástica, de São Paulo, e membro da câmara técnica do Conselho Regional de Nutrição.

Outra coisa que é certa: quando os pais e os cuidadores possuem hábitos alimentares saudáveis, consequentemente a criança os aprende e adquire sem qualquer dificuldade. Isso ajuda a entender por que vai ser preciso insistir com o filho para ele comer brócolis se ele sempre vê o pai ou a mãe consumindo hambúrguer, batata frita, pizza, refrigerante... “O exemplo vem de casa. E quando ele é bom, ajuda a evitar doenças relacionadas à má alimentação na vida adulta”, completa Rosemeire.

Gostoso e saudável

Segundo a especialista, a introdução aos alimentos saudáveis é feita já a partir do momento em que o pequeno começa a participar da alimentação da família. “A oferta de cada item deve ser feita com frequência, e se a criança rejeitar um determinado alimento, ele deve ser oferecido novamente após alguns dias. Afinal, pode ser que naquele momento ela estivesse satisfeita ou simplesmente sem vontade de comer o que você ofereceu, o que não significa que ela não goste”, avisa a nutricionista.

Na prática, Rosemeire recomenda que o prato da criança seja montado de forma que ela reconheça cada alimento e veja uma festa de cores, o que ajuda a abrir o apetite. Em outras palavras, nada de misturar tudo deixando o visual pouco atraente,