vida
Nesta época, os gregos fundaram muitas cidades-Estados na Grécia e em suas colônias no Sul da Itália e na Ásia Menor. Nelas, os escravos faziam todo o serviço braçal e os cidadãos livres podiam dedicarse exclusivamente à política e à cultura. Sob tais condições de vida, o pensamento humano deu um salto: sem depender de nada nem de ninguém, cada indivíduo podia agora opinar sobre como a sociedade devia ser organizada. Desse modo, o indivíduo podia formular suas questões filosóficas sem ter que para isso recorrer à tradição dos mitos.
Dizemos que naquela época ocorreu a evolução de uma forma de pensar atrelada ao mito para um pensamento construído sobre a experiência e a razão. O objetivo dos primeiros filósofos gregos era o de encontrar explicações naturais para os processos da natureza.
Quando ainda não existia a Filosofia, o homem utilizava outros elementos para cumprir o papel dela, isto é, o papel de explicar o mundo em que vivia, suas origens e fenômenos. Um desses elementos foram os mitos, histórias de caráter narrativo baseadas no imaginário e na religião, que se relacionavam mais, no caso grego, com as emoções e atitudes humanas. Os mitos eram usados principalmente para compreensão dos fenômenos da natureza, como o dia, a noite, as estações do ano... Portanto, o mito representou a primeira tentativa de explicar a realidade e assim o ser humano encontrava um sentido para sua existência e determinava certos valores morais em uma sociedade. Até hoje, certos valores ou formas de ver o mundo são definidas não exatamente por mitos, mas por outros elementos, e ainda influenciam as atitudes dos homens.