Vida e obra de josé de alencar
José Martiniano de Alencar era jornalista, político, advogado, orador, crítico, cronista, polemista, romancista e dramaturgo brasileiro, nascido em Fortaleza, 1 de maio de 1829, e falecido no Rio de Janeiro, 12 de dezembro de 1877 foi o consolidador da prosa nacional, sendo o nosso primeiro grande romancista. Sua obra, composta de vinte e um romances, é o retrato de sua postura ideológica: grande proprietário rural, conservador, monarquista e escravocrata, revela suas posições políticas por meio de um exagerado nacionalismo. Teoriza sobre a tentativa do estabelecimento de uma língua brasileira em seus escritos.
Quando, em 1856, Alencar publica seu primeiro romance, Cinco Minutos, já havia um público leitor brasileiro ávido por ficção. No entanto, tais obras eram, basicamente, traduzidas do francês, não constituindo um retrato de nosso povo. O escritor percebe, portanto, que poderia fazer um grande serviço à então incipiente cultura nacional ao publicar histórias que refletissem a psicologia e a sociedade pátrias, que captassem a nossa sensibilidade artística, que moldassem a nossa percepção do real por meio de informações sobre a natureza, a história, a sociedade, a cultura e os mitos do Brasil.
A carreira literária pontuada de polêmicas não impede uma produção fértil. Nela, destacam-se Cinco Minutos, O Guarani, Lucíola, As Minas de Prata, Diva, Iracema, O Gaúcho, A Pata da Gazela, O Tronco do Ipê, Sonhos d’Ouro, A Guerra dos Mascates, Ubirajara, Senhora, O Sertanejo, Encarnação – seu último romance, visto que a tuberculose o vitima aos 48 anos.
Em suas obras classificadas como indianistas – O Guarani, Iracema e Ubirajara –, o escritor cearense recria o mito do bom selvagem de Rousseau em nosso indígena. Defensor da associação entre o nativo e o europeu colonizador, observa, nesse casamento, inúmeras vantagens para ambos os povos: enquanto aquele oferece a natureza virgem, este lhe dá, em troca a cultura.
Ainda nos livros cuja temática é o índio,