Vida e obra antonio vieira
Ainda cedo ficou popular na colônia, onde incitava com seus sermões os habitantes locais a se armar e levantar contra a invasão holandesa ao país, ocorridas entre 1630 e 1654, mas Vieira começou a pregar somente em 1633. Além disso, procurava sair em defesa dos interesses brasileiros a despeito do que queria a metrópole. Os sermões seriam vistos mais à frente como a primeira tentativa de coexistência pacífica entre as diversas etnias presentes no Brasil. Tal empenho é explicado ao notar que Antônio Vieira passou mais da metade de sua vida por aqui.
Aos 33 anos foi incumbido com a missão de voltar à Portugal para apoiar o réu Dom João IV, rei esse que deu a Vieira a nova e ingrata missão de negociar a reconquista das colônias, conciliando, assim, portugueses e holandeses. A oferta de Vieira consistia em entregar Pernambuco aos holandeses, que vinham recusando todas as propostas apresentadas. Sua aproximação com os judeus (Pe. Antônio Vieira chegou a freqüentar sinagogas), no entanto, colocou suas palavras em xeque e, consequentemente, recusadas, trazendo-o de volta ao Brasil, Maranhão, para ser mais exato.
Já no Maranhão, Vieira já chegou tendo de lutar, uma vez que era contra a injusta prisão de índios em cativeiros. Vieira teve de enfrentar não só a má vontade do capitão general local como o povo que ali vivia. Acontece que os jesuítas defendiam que, naquela capitania, os índios deveriam ser livres, mas os portugueses lá residindo queriam mantê-los como escravos. Em 1655 Vieira teria de voltar à Portugal, onde proferiu na Capela Real de Lisboa o célebre Sermão da Sexagésima, basicamente um sermão