Vida social: ideologia reflexiva para uma sociedade melhor
Flávio Azevêdo de Omena[1]
Resumo
O presente trabalho busca analisar, sobre uma ótica subjetivamente voltada em escritos de autores consagrados da filosofia jurídica, tais como, Rousseau e Rudolf Von Ihering, analisando as condições peculiares da sociedade brasileira, a apropriação do interesse público em consonância ao interesse pessoal, bem como a paralisia existente no seio social facilitando tais condições.
Palavras Chaves: Contrato Social. Violência. Cidadania. Direitos Sociais.
1. Introdução
O Brasil, nação jovem, abalada, em sua honra, por inúmeros atos que mancham sua dignidade. Em um país de extremos contrastes, encontramos sociedades mergulhadas em sombrios sentimentos de ausência de cidadania, falta de respeito ao próximo e destruição do elo sadio que deveria ligar estas sociedades.
O Direito, é uma daquelas ciências que deveriam servir a solidificar princípios esquecidos, antes da justiça há o dever com a moral, respeito e apoio ao cidadão, quando confrontado em suas aspirações, o qual não deve acovarda-se perante as futilidades para o alcance do seu direito.
Vivemos em uma época marcada pela extrema violência, quando achamos que já vivenciamos as atrocidades, surge uma que supera a outra, e assim segue. Este artigo busca formar opinião sobre o que realmente representamos no seio da sociedade, o que estamos fazendo por um país melhor.
2. Contrato Social
Faço uso do brilhante trabalho do filósofo suíço Jean Jacques Rousseau (1762), onde baseava suas convicções sobre a existência de um corpo moldado pela sociedade, onde cada parte possuía funções especificas, e importantes, para a manutenção do todo.
Entretanto, percebe-se, já naquela época, a dificuldade de expor-se voluntariamente contra interesses que não estão ligados ao bem estar social, tanto que, na sua última obra[2], Rousseau apresenta-se como um homem