Vida para consumo - zygmunt bauman
O ser humano qualificado ao mesmo tempo como consumidor ávido e como mercadoria para a apreciação de possíveis compradores. A consequência dessa mudança pode ser medida pela transformação das práticas de compra e venda, além das expectativas relacionadas à aquisição de algum produto. Na sociedade de produtores, até as primeiras décadas do século XX, os desejos e aspirações tinham como motivos primordiais, a estabilidade, a segurança e o prazer (ou conforto) que tais situações pareciam proporcionar. A ideia que um bem deveria estar intacto, ou seja, que fosse durável, sólido e que vislumbrasse o intento da resistência ao tempo, da durabilidade e da prudência era prioritária; evitava-se que os bens sofressem qualquer dano. Bauman, nesse olhar perspicaz e esclarecedor, adota o modelo de Max Weber dos “tipos ideais”, abstrações que captam a “singularidade de uma configuração composta por ingredientes que não são nada especiais ou específicos, abstrações que individualizam os padrões que definem essa configuração e os separa da multidão de aspectos que compartilha com