vida em conjunto

Bahia, 1585. O capitão Beraldim da Grã, à frente de pequena tropa, invadiu a fazenda do principal senhor de Jaguaripe, Fernão Cabral, que não lhe opôs resistência. Sabia ele o que Beraldim pretendia fazer e ainda lhe indicou o lugar que procurava, distante meia légua ou três quilômetros da casa-grande. Ali ficava uma grande maloca, onde cabiam centenas de pessoas, chefiadas por uma índia conhecida por Santa Maria Mãe de Deus e auxiliada por índios, também chamados por nomes de santos – um deles, Santíssimo. Faziam orações cristãs, rezavam por rosários, confessavam suas culpas numa cadeira grande de pau e houve quem visse ali umas tabuinhas com riscos, que pareciam ser os breviários da seita. À porta da maloca, havia uma cruz de madeira fincada, indicando com nitidez a identidade católica do grupo. ( VAINFAS, Ronaldo. Santos e Rebeldes. Revista de História da Biblioteca Nacional. AnoI. No. 1. Julho de 2005. p.40)

O texto acima demonstra uma clara sobreposição dos valores religiosos do catolicismo europeu sobre as manifestações religiosas dos povos indígenas, durante o período da colonização européia.

Sobre este tema podemos afirmar que:
Escolha uma:
a. O processo de colonização européia não implicou na assimilação de hábitos, costumes e valores desta cultura por parte dos nativos, que se mantiveram invulneráveis a todas as influências externas.
b. A colonização européia sobre a América é marcadamente um processo de aculturação, em que as identidades locais foram postas a prova e em muitas situações severamente anuladas, em função da imposição do um modelo de sociedade da metrópole.
c. Índios e europeus não criaram nenhum tipo de vínculo, no que se refere aos aspectos culturais, pois ambos, permaneceram em situação de isolamento, durante o processo de colonização.
d. Os europeus incorporaram à sua cultura todas as influências culturais expressas pelos nativos, modificando seus hábitos, costumes e valores de acordo com o modus vivendi dos grupos