VIDA DE ARNOLD
À medida que o desporto se desenvolveu, enfrentou diferentes aspectos em diferen- tes culturas. Na Europa, o levantamento de peso era uma forma de entretenimento da qual emergiram "homens fortes" profissio- nais - homens que ganhavam a vida pela quantidade de peso que podiam levantar ou suster. A sua aparência física não era importante nem para eles nem para o seu público. O resultado era o desenvolvimen- to de corpos robustos e pesados.
Por outro lado, os adeptos da cultura física enfatizavam a necessidade de comer alimentos naturais, não processados, ideia que surgiu em resposta ao uso crescente de novas técnicas de processamento de alimentos.
Os americanos estavam a começar uma mudança de quintas e pequenas cidades para grandes metrópoles, em que o automóvel propiciava uma nova mobilidade, mas a inércia do corpo humano.
Ao mesmo tempo, a vida ia-se tornando cada vez mais sedentária, e os problemas de saúde apareceram quando a população começou a comer alimentos refinados em excesso e a não praticar exercício físico suficiente, sujeita a condições de stress constantes.
Os culturistas surgiram no combate a estes fenómenos cada vez mais actuais e nesta direcção defendiam a saúde em geral, no condicionamento físico, defendendo a moderação e o equilíbrio em todos os aspectos da vida.
O europeu boémio, alcoólico e barrigudo certamente não era o seu ideal. O que eles precisavam era de um modelo cujo físico incorporasse as ideias que estavam a tentar disseminar, alguém que se parecesse muito mais com as estátuas clássicas dos atletas da Grécia Antiga do que com os seguranças avantajados das