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A situação pode se agravar ainda mais se a obra de transposição do rio Paraopeba para o rio Manso, anunciada pelo governador Fernando Pimentel, se concretizar. Com a promessa de melhorar o abastecimento de água na região metropolitana até o fim do ano, a medida pretende alterar o ponto de captação de água do Paraopeba para reforçar o reservatório do rio Manso, ampliando em quatro metros cúbicos por segundo a captação de água. Para isso, será implantado, segundo o governo, uma adutora com quatro quilômetros de extensão. Nesta quarta, o governo federal garantiu apoio para a realização da obra.
Para o coordenador de Educação Ambiental do Consórcio Intermunicipal da Bacia Hidrográfica do rio Paraopeba (Cibapar), Rafael Bernardes, a obra pode piorar ainda mais a grave situação do Paraopeba. “Vão tirar mais água de onde? Agora, só se for do subsolo. E essa água bombeada para o rio Manso não será própria para consumo, porque recebe todo o esgoto de várias cidades. Terão de investir mais ainda em tratamento da água”, questionou. O Paraopeba ganha mais volume quando recebe as águas dos rios Manso e Camapuã.
Nunca visto. A completa seca da nascente deixou perplexo o morador Adão Alves da Silva, 60, que tem, há 42 anos, uma pequena propriedade a poucos metros do Paraopeba. Quatro pequenas nascentes, apontadas por ele, estão totalmente secas, mas ele acreditava existir pelo menos um fio de água na nascente principal, por causa da chuva que caiu no município