Vicios dos vicios
Quanto à primeira hipótese, somos dos primeiros a reconhecer que o convertido de Damasco não necessita de nossas mesquinhas homenagens; e quanto à segunda, responderemos afirmativamente para atingir os fins a que nos pro pomos, transferindo ao papel humano, com os recursos possíveis, alguma coisa das tradições do pla¬no espiritual acerca dos trabalhos confiados ao grande amigo dos gentios.
Nosso escopo essencial não poderia ser apenas reme¬morar passagens sublimes dos tempos apostólicos, e sim apresentar, antes de tudo, a figura do cooperador fiel, na sua legitima feição de homem transformado por Jesus-Cristo e atento ao divino ministério.
Esclarecemos, ainda, que não é nosso propósito levantar apenas uma biografia romanceada.
O mundo está repleto dessas fichas educa¬tivas, com referência aos seus vultos mais notáveis. Nosso melhor e mais sincero desejo é recordar as lutas acerbas e os ásperos testemunhos de um coração extraordinário, que se levantou das lutas humanas para seguir os passos do Mestre, num esforço incessante.
As igrejas amornecidas da atualidade e os falsos de¬sejos dos crentes, nos diversos setores do Cristianismo, justificam as nossas intenções.
Em toda parte há tendências à ociosidade do espí¬rito e manifestações de menor esforço. Muitos discípulos disputam as prerrogativas de Estado, enquanto outros, distanciados voluntariamente do trabalho justo, suplicam a proteção sobrenatural do Céu. Templos e devotos entre¬gam-se, gostosamente, às situações acomodatícias, prefe¬rindo as dominações e regalos de ordem material.
Observando esse panorama sentimental é útil recor¬darmos a figura inesquecível do Apóstolo generoso.
Muitos comentaram a vida de Paulo; mas, quando