Vicios de linguagem
Vícios de linguagem são inadequações linguísticas segundo a norma padrão da Língua Portuguesa, as normas de coerência e coesão textual vigente e a acepção mais comum do dicionário para um vocábulo. Isso ocorre devido a vários fatores como a ignorância, o descuido ou o descaso por parte do locutor da mensagem em relação ao que comunica e à linguagem utilizada. Por outro lado, pode ser obra da intenção, a fim de produzir desde um efeito cômico para a enunciação até o erro calculado e consciente em função de algum objetivo do locutor.
Cabe informar que os vícios de linguagem podem ser usados como recursos expressivos com o intuito de denunciar preconceitos, descrever falares, produzir musicalidade no texto, etc., como é o caso de muitos poemas do Modernismo brasileiro, de diversas músicas caipiras ou modas de viola, entre outros exemplos.
Segue abaixo uma lista dos vícios de linguagem mais comumente encontrados entre usuários da Língua Portuguesa no Brasil.
1 - Ambiguidade ou anfibiologia
Instala-se em uma sentença quando ela apresenta uma dupla possibilidade de interpretação em função de algum equívoco de caráter sintático ou semântico cometido pelo autor. Exemplos:
Um jovem rapaz chegou em casa com seu pai de uma festa e encontrou uma mulher desacordada em seu quarto.
As crianças comeram bolo e sorvete de chocolate.
Ela viu a moça com um binóculo.
Ela saiu da loja de roupa.
As crianças esconderam os brinquedos que encontraram no porão.
Acabaram de roubar o banco da entrada da universidade.
2 - Pleonasmo vicioso ou redundância
Ocorre quando são repetidas redundante e desnecessariamente informações em uma sentença ou texto.
É importante esclarecer que não são entendidas como redundâncias na Língua Portuguesa corrente as seguintes expressões: antídoto contra, interpor-se entre, concordar com, voltar-se para trás, comparar com, intrometer-se no meio, suicidar-se, etc. Exemplos:
Há séculos atrás, ocorreu uma pandemia