Vias De Administra O
Não devemos esquecer que a escolha da via de administração depende, não só de factores clínicos, farmacológicos, farmacocinéticos, mas também tecnológicos, sendo que a formulação medicamentosa condiciona muitas vezes a via de administração.
Assim sendo, urge defini-las então:
Via intramuscular - I.M.
Administração directa do injectável na massa muscular. Habitualmente são escolhidos os músculos da nádega, da coxa e da espádua.
O músculo estriado é dotado de elevada vascularização, sendo em contrapartida, pouco inervado por fibras sensitivas. Estas duas características conferem-lhe facilidade de absorção medicamentosa e simultaneamente a possibilidade duma administração menos dolorosa.
Habitualmente, o volume de líquidos administrado não ultrapassa os 10 ml, sendo na maioria dos casos bastante menor (1 a 5 ml). Algumas injecções intramusculares são dolorosas, pelo que é frequente incluir na sua fórmula anestésicos locais que, simultaneamente sejam conservantes, como o álcool benzílico ou o clorobutanol.
As preparações para administração I.M. podem apresentar-se sob a forma de:
Soluções aquosas - soluções cuja tonicidade é semelhante ao soro sanguíneo. São permitidos pequenos desvios no sentido da hipotonia e, em alguns casos, é até aconselhável uma ligeira hipertonicidade, uma vez que provoca um leve derrame local dos fluídos dos tecidos (exosmose), o que pode originar uma absorção uniforme.
O pH é outro factor a considerar. Na prática corrente, considera-se aceitável a utilização de injectáveis cujo pH varie entre 4,5 e 8,5. Quando o pH é demasiado baixo ou elevado, podem ocasionar-se reacções que vão da simples dor, com congestão e inflamação subsequentes, até à destruição por necrose dos elementos celulares.
A dor concomitante ou subsequente à injecção, não depende