Viagem a são saruê
Manoel Camilo dos Santos
Doutor mestre pensamento me disse um dia: – Você
Camilo, vá visitar o país ‘São Saruê’ pois é o lugar melhor que neste mundo se vê.
Eu que desde pequenino sempre ouvia falar nesse tal ‘São Saruê’ destinei-me a viajar com ordem do pensamento fui conhecer o lugar.
Iniciei a viagem às duas da madrugada tomei o carro da brisa passei pela alvorada junto do quebrar da barra eu vi a aurora abismada.
Pela aragem matutina eu avistei bem defronte a irmã da linda aurora que se banhava na fonte já o sol vinha espargindo no além do horizonte.
Surgiu o dia risonho na primavera imponente as horas passavam lentas o espaço encande[s]cente transformava a brisa mansa em um mormaço dolente.
Passei do carro da brisa para o carro do mormaço o qual veloz penetrou no além do grande espaço nos confins dos horizontes senti do dia o cansaço.
Enquanto a tarde caía entre mistérios e segredos a viração docilmente afagava os arvoredos os últimos raios do sol bordavam os altos penedos.
Morreu a tarde e a noite assumiu sua chefia deixei o mormaço e tomei o carro da neve fria vi os mistérios da noite esperando pelo dia.
Ao romper da nova aurora senti o carro parar olhei e vi uma praia sublime de encantar o mar revolto banhando as dunas da beira-mar.
Mais adiante uma cidade como nunca vi igual toda coberta de ouro e forrada de cristal ali não existe pobre é tudo rico em geral.
Uma barra de ouro puro servindo de placa, eu vi com as letras de brilhante chegando mais perto eu li dizia: ‘São Saruê’ é este lugar aqui.
Quando avistei o povo fiquei de tudo abismado era um povo alegre e forte sadio e civilizado bom tratável e benfazejo por todos fui abraçado.
O povo em ‘São Saruê’ tudo tem felicidade passa bem, anda decente não há contrariedade sem precisar trabalhar e tem dinheiro à vontade.
Lá os tijolos das casas são de cristal e marfim