Via de mão dupla
A comunicação vem sofrendo alterações com o passar dos anos, muito em função da tecnologia e do modo de vida atribulado da sociedade.
Atualmente os emails, sms e redes sociais utilizam-se muito das abreviações para que agilize o processo de comunicação, e parte da “nova linguagem digital” vem sendo utilizada na linguagem falada, no cotidiano daqueles que se habituaram a esse meio, e muitas vezes pessoas que não fazem parte do grupo, pensam estar diante de uma língua desconhecida, ou de pessoas sem conhecimento das regras e utilização correta, no entanto, foi criada dentro da nossa própria língua, visando o tempo e não a perfeição da linguagem escrita.
Nossa evolução lingüística não teria chegado ao patamar em que esta, se não fosse à linguagem falada entre as diversas redes sócio-culturais, onde algumas expressões abriram discussões para que novas palavras pudessem adentrar nossos dicionários e se tornar parte de nossa língua; um fato curioso e recente, ocorreu na posse da nova presidenta do Brasil, visto que, o dicionário Aurélio diz que a palavra pode ser usada no masculino e feminino, apontando “presidenta” como “esposa do presidente” ou “mulher que preside” muitos já utilizavam a palavra de forma falada para descrever a nova governante, correndo o risco de serem tratadas como ignorante por alguns que não sabiam ser correto.
Essas mudanças despertaram em alguns a vontade de aderir à ideologia da higiene verbal, o que causou e ainda causa grande divergência de opiniões.
A forma como a língua é falada, foi diretamente responsável pela evolução da linguagem escrita, e uma vez reprimida retardaria o processo de enriquecimento verbal em que chegamos, e a propósito, não se pode dar títulos sem que haja investigação e julgamento, as palavras não podem classificar pessoas, ou titulá-las pela forma que falam, o ser humano é completamente competente para separar o que dizer e como dizer, dependendo do ambiente e a necessidade, pode sim, utilizar-se