Vetores
Dellú MCI; Zácaro PMDII; Schmitt ACBI
IDepartamento de Fisioterapia, Universidade de Taubaté (Unitau) – Taubaté (SP), Brasil
IIInstituto de Pesquisa e Desenvolvimento, Universidade do Vale do Paraíba (Univap) – São José dos Campos (SP), Brasil
Correspondência para
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RESUMO
CONTEXTUALIZAÇÃO: A incontinência urinária é doença com alta prevalência na população feminina e possui destacadas repercussões físicas, mentais e sociais.
OBJETIVO: Investigar a prevalência de sintomas urinários característicos de incontinência urinária associado aos fatores obstétricos.
MÉTODOS: Estudo analítico transversal em que foram investigadas 194 mulheres adultas, funcionárias da Universidade do Vale do Paraíba, que responderam questões do King's Health Questionnaire. Os sintomas urinários foram relacionados à história obstétrica e analisados pelo teste t de Student não-pareado e pelo teste exato de Fisher.
RESULTADOS: A prevalência de sintomas urinários foi de 54,3%, sendo maior para incontinência urinária por esforço (55,7%), seguida por nictúria (27,8%), urgência (24,1%), polaciúria (16,7%) e enurese noturna (10,2%). Mulheres que engravidaram pelo menos uma vez tiveram 1,75 vezes mais chance de desenvolver os sintomas comparadas as nulíparas, sendo significativo para duas gestações ou mais (p=0,009). Dois partos ou mais aumentaram o risco em 1,57 vezes, independente da via (p=0,019).
CONCLUSÕES: A prevalência de sintomas urinários foi alta e estes estão associados a fatores obstétricos, mostrando-se proporcionalmente maior de acordo com o número de gestações e partos.
Palavras-chave: prevalência; incontinência urinária; adulto; fatores de risco.
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Introdução
Atividades sociais, familiares, profissionais e sexuais podem ficar restritas em mulheres com incontinência urinária (IU) e diminuir sua qualidade de vida, ao gerar isolamento social e estresse emocional,