Veterinaria
Para que seja obtidos lucros em uma produção animal, seja ela qual for, é necessário atender alguns pré-requisitos (LEITE, 2000 apud ADORNO, 2006). A criação de bovinos no Brasil é secular e, mesmo com a criação de outros animais, sua carne, leite e produtos derivados continuam sendo preferência no consumo pela população, justificando, portanto, a grande importância do controle de qualidade desses produtos (MADRUGA et al., 1998 apud ADORNO, 2006).
O sucesso na bovinocultura está, principalmente, no bom desempenho reprodutivo. No entanto, são muitas as condições que interferem nesse desempenho, podendo-se destacar o manejo alimentar e as causas infecciosas (FERREIRA, 1991 apud ADORNO, 2006). Dentre as causas infecciosas, podem-se citar doenças como Leptospirose, Brucelose, Tuberculose, Neosporose, IBR, BVD, Campilobacteriose, Tricomonose.
BRUCELOSE
A brucelose é uma doença infecto-contagiosa provocada por bactérias Gram-negativas do gênero Brucella, que produz infecção característica nos animais, podendo infectar também o homem. Dentro do gênero Brucella são descritas seis espécies independentes, cada uma com seu hospedeiro preferencial: Brucella abortus (bovinos e bubalinos), Brucella melitensis (caprino e ovinos), Brucella canis (cães) e Brucella neotomae (rato do deserto) (PEREIRA et al.,2006).
EPIDEMIOLOGIA
A infecção pela Brucella abortus pode se dar por via digestiva, transplacentária, sexual, contaminação de material obstétrico, transfusão sanguínea e via mucosas respiratória e ocular (PAULIN, 2003 apud MARTINS et al., 2009). As secreções fetais e restos placentários são veículos potenciais de infecção, assim como o leite e o colostro. Outro importante disseminador da bactéria é a água. Portanto, o uso de aguadas comuns é um importante fator de risco (MARTINS et al.,2009).
A principal via de infecção de B. abortus no bovino é a oral, sendo também muito importante a via aerógena (CRAWFORD et al., 1990; ACHA E