Vestido de noiva
VESTIDO DE NOIVA:
DO ESCREVER AO ENCENAR
Dissertação apresentada a disciplina Literatura Dramática Brasileira.
Professora: Raquel Castro.
Belo Horizonte
Centro Teatro Universitário UFMG
2010
INTRODUÇÃO Nesta pequena dissertação estuda-se um pouco da trajetória de “Vestido de Noiva” tomando como objetivo de análise a primeira montagem de Nelson Rodrigues, dirigida por Ziembinski em 1943.
O meu interesse é pesquisar como Nelson começou a escrever o texto, e apartir daí aprofundar na trajetória que se levou a peça até a sua estréia. Enfocando em alguns fatores que mais me chamou a atenção.
A primeira parte conta como surgiu “Vestido de Noiva”, sua divulgação e as dificuldades que Nelson encontrou para conseguir alguém que quisesse e fosse capaz de encená-la. Em seguida, detalhar o processo de criação que Ziembinski utilizou com seus atores para montagem do espetáculo. Por fim a expectativa da estréia e sua repercução.
DIFICULDADES
Nelson tinha uma facilidade incrível de escrever, uma imaginação de da inveja. Para ele não tinha hora nem lugar. E foi assim que “VESTIDO DE NOIVA” surgiu, com uma velocidade que foi contestada. Escrita em apenas seis dias. Como Ruy Castro conta, “As cenas, os diálogos, brotavam-lhe às golfadas: um ato a cada dois dias. Parecia simples datilografia, sem que precisasse pensar. Alaíde, Pedro, Lúcia, e madame Clessy, os personagens, iam saindo da “Ramington” como se estivessem vivos.” (1992:156)
Nelson Rodrigues entregou seu texto para vários jornalistas e escritores de renome no meio artístico e também pediu aprovações a cada um deles. O primeiro a receber foi Manuel Bandeira, depois vários outros como Álvaro Lins, Astrolgido Pereira, Otto Maria Carpeau e Augusto Frederico Schmidt também receberam. Recebeu elogios do tipo: “a peça era excepcional, mas para ser vista, não lida; magistral; é mais que uma peça. É um processo e uma revolução”.
Recebeu criticas dura