Verdade lógica e verdade ontológica
E VERDADE ONTOLÓGICA
A VERDADE LÓGICA
São passíveis de Verdade Lógicos todos os artifícios pelos quais o intelecto passa por uma harmonização com o objeto, e é na consciência que se fundamenta toda a percepção intelectual a respeito deles. A verdade lógica, também cognominada como a verdade do conhecimento, é o consenso intelectual entre o raciocínio e o que o objeto realmente é. A esta altura, devemos enfatizar que se a verdade lógica é a conformidade da inteligência com o objeto, logo cada indivíduo detém verdades diferentes sobre um mesmo objeto. Isto nos leva a pensar que o que diferencia a verdade não é o objeto em si mas sim o nível intelectual de cada indivíduo.
Na visão epistemológica de Kant a verdade sobre o objeto (a coisa em si) torna-se relativa, pois tal verdade é submetida ao espaço, ao tempo e às categorias. Para ele a “coisa em si” (o objeto em si) transforma-se em “a coisa em mim” (o objeto em mim). Isto significa que, diante do objeto, a consciência desenvolve o trabalho na produção da verdade de acordo com o espaço em que esse objeto está ocupando, o tempo em que ele está situado e em que categoria o mesmo se encaixa. O que definirá a verdade lógica sobre o objeto, partindo do princípio da introdução do objeto na idéia do indivíduo, será o nível intelectual do mesmo, pois sua consciência produzirá a verdade fundamentada na qualidade da sua inteligência.
A verdade Lógica estrutura-se basicamente em cinco estados: o estado da ignorância; o estado da dúvida; o estado da opinião; o estado da certeza e o estado do erro. Os estados têm como objetivo promover, de modo peculiar, a satisfação da necessidade intelectual humana da verdade, auxiliando o mesmo a encontrar nos objetos a verdade que entra em consonância com sua inteligência. Para melhor compreensão da relação dos estados com a inteligência do indivíduo, definiremos cada um deles na sua funcionalidade:
O ESTADO DA IGNORÂNCIA: A verdade não é absorvida pela