VERBAS PÚBLICAS NA COPA DO MUNDO DE 2014
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM JORNALISMO
ISABELA RORIZ MOREIRA - 201300573
VERBAS PÚBLICAS NA COPA DO MUNDO DE 2014
VOLTA REDONDA
2013
Verbas Públicas na Copa do Mundo de 2014
Segundo o relatório do Tribunal de Contas da União – TCU de julho deste ano, dos quase R$ 24 bilhões de investimentos federais divulgados, apenas 1,4% corresponde à parcela da iniciativa privada. Mais de 50% dos recursos advêm de linhas de financiamento do BNDES ou da Caixa Econômica Federal. Ainda que se tente caracterizar essas operações como simples empréstimos, é preciso lembrar que elas são subsidiadas pelo Estado, isto é, trata-se de concessões a juros mais baixos do que os normalmente praticados. Além disso, não raro as garantias oferecidas para acessá-las são também títulos públicos, numa arriscada engenharia financeira. O suposto "legado" da Copa do Mundo e das Olimpíadas, portanto, está sendo construído majoritariamente com dinheiro público, em ações que já são ou deveriam ser de responsabilidade do Estado. E há estudos que apontam orçamentos ainda mais arrojados, ultrapassando R$ 100 bilhões. Contudo, o destino de toda essa verba não está submetido ao debate coletivo, a mecanismos de transparência e controle social, ou mesmo às prioridades elencadas nos Planos Diretores dos municípios. Quase 60% da população brasileira se mostrou contrária à investimentos públicos em estádios para a Copa do Mundo, mostrando que não está tão vulnerável à medidas populistas. A Copa é um processo bastante autoritário para as camadas populares. Ela tem significado um Estado de exceção: o Estado passa por cima das próprias normas e leis em nome de uma situação especial, de um megaevento; ele cria uma situação para que todos concordem. Não há qualquer abertura para a participação popular. As prioridades eleitas não passam por discussão prévia com a coletividade. Segmentos sociais e comunidades atingidas não