Vencendo na Raça

Quando a professora de Antropologia Geórgia Couto solicitou a toda a turma de Serviço Social do 3° semestre um trabalho de etnografia, a primeiro momento fiquei junto a minha colega de faculdade sem saber de onde falaríamos, qual seria o melhor espaço para que pudéssemos encontrar várias pessoas com culturas diferentes, para que o trabalho ficasse amplo e bem detalhado.
Nessa busca de um lugar, estávamos comentando sobre o ônibus coletivo que trafegamos todos os dias para vir à faculdade, e achamos uma boa ideia aborda-lo nesta etnografia, pois no mesmo encontram-se várias culturas, pessoas de todas as idades, pessoas que não vem somente para a faculdade como nós, separamos a nossa etnografia por trajeto, ela descreverá o trajeto do bairro que ela reside até o bairro onde a faculdade se encontra, e eu descreverei do bairro que resido até a faculdade. Ficamos exatamente uma semana, de segunda-feira do dia 21 de Outubro de 2013 até o dia 25 de outubro de 2013.

Linha Bairro de Fátima/Bairro Lomanto (UNIME)
A exatamente 18h30min da segunda-feira do dia 21 de Outubro de 2013 transitei no ônibus coletivo que sempre transito, (o ônibus coletivo é um transporte publico no qual pagamos o valor de R$2,20 para trafegar por toda a cidade, por todos os lugares que o mesmo trafega, ele comporta umas 40 pessoas sentadas, e umas 40 a pé) mas de uma forma diferente, desta vez eu observava minuciosamente as pessoas que adentravam aquele coletivo, observava a roupa que cada uma usava o jeito de falar, o bate papo que aparentemente era particular de cada um, mas eu como pesquisadora daquelas pessoas acabava participando (ouvindo) também, algumas pessoas se dirigiam a mim para poder contar um pouco da sua vida, algumas até chegaram a desabafar, percebi que quando você se mostra interessada em certas pessoas, ela se abre com você é como se você a conhecesse por toda uma vida, ela lhe conta tudo.
Não me recordo exatamente em qual dia dessa semana ocorreu esse fato, mas um Senhor