Velho e o mar resumo
Assim, no 85º dia, Santiago consegue finalmente pescar o seu peixe, um peixe descomunal: ele nunca sequer havia visto um tão grande, quem dirá pescá-lo. E segue-se daí a saga do velho no mar, por vários dias e em sua batalha pessoal contra o peixe e, de certa forma, contra si mesmo.
O velho e o mar tem uma escrita dura, estanque, sem floreios; é possível imaginar o autor vertendo o texto em sua Royal, no menor número de toques possível e, ao fazê-lo, mantendo ainda toda a expressão e tudo a que tem a dizer com a sua simples história, terá algo perfeito.
Esse livro trata-se muito menos de uma história de um simples pescador e mais sobre metáforas abrangendo o orgulho, capacidade e a luta entre o homem e a “natureza” – entre aspas, pois é a representatividade do meio a que o homem pertence. Entre a fina camada que os separa entre a sobrevivência e sanidade, e a destruição mútua.
O velho Santiago, ao pescar e agarrar-se àquele peixe, que de certa forma representa a sua esperança e a virada de sorte, se despe de qualquer orgulho e está disposto a levar a cabo a situação até o fim, como ele próprio repete diversas vezes: a batalha só terminará com a morte de um dos dois. Nessa busca por alguma vitória, se é que ela existe, acompanhamos a destruição do velho, seus arrependimentos, coisas que ele se dá conta de que poderiam ter sido diferentes.
A bem da verdade, é um livro que, apesar de tratar de temas universais para nós, provavelmente adquirirá um tom pessoal para cada um dos leitores e, além disso, para cada um dos momentos em que a pessoa escolher absorver mais um pedacinho dessa obra.
Com uma leitura que deve girar por volta de