Velha azul e desbotada...e poluente
Não foi apenas uma peça de roupa que dois imigrantes europeus criaram nos Estados Unidos, 1873, ao inventar a calça jeans azul, deram forma a um estilo de vida. Ela foi criada para atender à demanda de mineradores por serem resistentes, a calça jeans caiu nas graças de todos. Em 1950, o jeans se consolidou como ícone da vida espontânea e confortável. Não deixa de ser irônico: um tecido de 138 anos continua firme como símbolo máximo de juventude.
A calça jeans tornou-se a peça mais popular da história da moda. Porque serve a caminhoneiro e à socialite.
O Brasil além de importante pólo produtor, é também um dos maiores consumidores de jeans mundiais. O que poucos sabem é que esse objeto de desejo global tem um custo alto para o ambiente. O jeans é feito de algodão , cultura que recebe 25% dos agrotóxicos consumidos no mundo, segundo o Instituto Ecotece, Organização paulista dedicada ao vestir consiente. O índigo, corante natural responsável pelo famoso tom azulado, há muito perdeu lugar para o anil sintético e outros corantes derivados do petróleo. Para dar a calça o aspecto desgastado, são usadas substâncias químicas como amônia e soda cáustica que, além de prejudiciais à saúde, são altamente poluentes. Somam-se a isso enormes volumes de água e de energia gastos de toneladas de gás carbônico emitidas ao longo do ciclo de Vida do produto. O jeans ele não é amigo da natureza.
Azul índigo
Além do aumento da população e do consequente crescimento físico da cidade, o jeans alterou a cor do Rio Capibaribe ( é um dos rios do estado de Pernambuco). Até 2005, era comum que as lavanderias fizessem o descarte de efluentes sem nenhum tipo de tratamento na rede fluvial de Toritama (México). Também era recorrente o uso de lenha irregular, vinda de madeira nativa, como combustível para as caldeiras. A cidade estava a caminho de se tornar o principal centro produtor de jeans do México.
Em Tehuacán (é a segunda maior cidade do estado de