Varig
“Varig, Varig, Varig”. Um dos jingles mais conhecidos e tradicionais do país gravou em milhares de brasileiros o nome de uma companhia aérea que muito fez, mas que hoje não passa de uma massa falida e de uma excelente história para contar. Afinal, o que aconteceu com a Pioneira, do ápice ao fundo do poço?
A Varig, fundada no Rio Grande do Sul da década de 20 (sob o nome de Viação Aérea Rio Grandense), cresceu e se destacou como uma sólida empresa nas mãos de Rubem Berta (hoje no ramo de clínicas e avenidas). Os pilares desse crescimento foram o respeito (e a fartura) para com o cliente e, com os funcionários, o intenso treinamento técnico e humano, fornecendo todos os subsídios necessário para trabalhar. A estrutura era invejável, acolhendo todos.
A comissária de bordo Claudia Vasconcellos escreveu o livro “Estrela Brasileira“. Boa parte das informações aqui contidas de lá foram tiradas.
Primeiramente há que se falar do serviço de bordo estupendo. Algumas coisas que captei durante a leitura do livro fizeram meus olhos saltarem, a boca salivar e o estômago perguntar por que eu estava deitado e não viajando Varig. Veja só que loucura:
“Servíamos canapés frios — torradinhas cobertas com pasta de roquefort, ovas de salmão com maionese, foie gras e pequenas bolinhas de caviar com uma minifatia de limão — e quentes, palitos de churrasquinho e casquinhas de siri.
(…) Passávamos um carrinho de bebidas, com garrafas de Johnnie Walker — Black e Red Label —, Chivas, Ballantine’s, Jack Daniel’s, Crown Royal, Glenfiddich, Campari, gim Tanqueray, vodka Stolichnaya, Vermouth Seco, Vermouth Doce, Dubonnet, Carpano, Cachaça Nega Fulô, rum cubano e um balde de gelo com champanhe — o gargalo envolto em guardanapo de linho. (…) cervejas de várias nacionalidades, suco de tomate, Ginger Ale, Seven Up, club soda, água tônica, Coca-Cola, guaraná, água com gás e jarras de suco (…) angostura, orange bitter, vidrinhos com cereja em