Variação em LP
“Risco de vida” – Há professores que condenam essa expressão. O correto seria "risco de morte". Nesse caso, porém, é o uso que dá a norma – e o uso consagrou "risco de vida".
"Coffee break" - Bechara considera impróprias algumas palavras estrangeiras utilizadas não por necessidade cultural, mas por esnobismo. Seria o caso de "coffee break" no lugar de "intervalo" e de "paper" no lugar de "monografia".
“Os sociolinguistas acreditam que ensinar a língua-padrão é uma forma de preconceito social. É um erro. O domínio do padrão é parte essencial da competência linguística do falante", diz Bechara. Mesmo dizendo que o termo gramática é polissêmico, Bechara se atem apenas a dois conceitos: descritivo e normativo ou prescritivo. A gramática descritiva é aquela que se propõe a registrar e descrever um sistema linguístico. Essa gramática não tem como objetivo apontar erros, mas sim indicar todas as formas de expressão existentes e verificar quando e por quem são produzidas. Sendo assim, ela explica “como a língua funciona”. Já a gramática normativa ou prescritiva tem por objetivo ditar ou prescrever as regras gramaticais de uma língua, recomendando, assim, um modelo de língua. É uma gramática que posiciona suas prescrições como a única forma correta assumindo que outras formas são possíveis erros, “incorretas” ou não recomendadas de acordo com a norma culta. Essa gramática explica “como a língua deve funcionar”. A gramática normativa tem o seu lugar e não perde sua importância diante da gramática descritiva. É classificado como erro misturar essas duas disciplinas ou