O objetivo desse trabalho é apresentar as variações linguísticas, existentes na Língua Brasileira de Sinais-LIBRAS, em algumas regiões do Brasil, provando que os sotaques não abrangem somente a linguagem falada. No período colonial, a escravidão também proporcionou a diversificação da língua em decorrência dos inúmeros africanos que chegaram ao Brasil. Outros povos (italianos e alemães) também vieram contribuir para a diversificação da língua portuguesa após a independência do Brasil, ocasionando diferenças linguísticas em diversos territórios brasileiros. Essas diferenças também refletem na Língua Brasileira de Sinais-LIBRAS. As variações existentes na Língua Brasileira de Sinais são significativas, pois apresentam consideráveis sinais diferentes de Estado para Estado. Assim como no português existe os sotaques, nas LIBRAS também há variações, ou seja, sinais diferentes para a mesma palavra. A Língua de Sinais Brasileira - Libras têm variações, a ponto de ser possível identificar a ascendência de um surdo do nordeste ou do centro-oeste apenas pelos seus gestos. Apesar dos "sotaques" regionais, observar-se apenas algumas variações lexicais (uso de palavras distintas para designar o mesmo referente que variam de uma região para outra). Os sinais são itens lexicais das línguas de sinais, assim como as palavras são itens lexicais das línguas orais-auditivas. Percebe-se que no Estado do Rio Grande do Sul há maior prevalência de variações linguísticas de sinais de Libras. Isso pode ser explicado pela intensa quantidade de imigrantes de origem europeia que residem nesse Estado e se comunicam de maneira própria, fortalecendo ainda mais o regionalismo. Dá para identificar quem não é de Santa Catarina pela variação dos sinais, e pelas