Vargas
Getúlio Vargas comandou o Brasil por 19 anos: no período de 1930 até 1945 e de 1951 até 1954, o ano de sua morte. Seu governo se caracterizou como um período de intensas transformações no plano social, econômico e político. A criação do ministério do trabalho e de diversas leis trabalhistas ampliou o apoio popular do qual ele já desfrutava. Esses fatores, entre outros, fizeram-no receber o título “Pai dos Pobres” – título que serviria como grande jogada publicitária.
A extrema importância de Getúlio para o Brasil pode ser percebida por meio dos legados deixados por ele. Resquícios de suas medidas ainda podem ser observados nos dias de hoje. Nesse trabalho, iremos refletir alguns deles no que se refere aos meios de comunicação.
A publicidade, como já citada anteriormente, foi fundamental para que Vargas permanecesse no poder por tantos anos. Durante o período conhecido como Estado Novo (1937-45) foi criado o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) que objetivava disseminar as ideias, propostas e feitos do governo para a população. Embora criado em 1939, o DIP é resultado de outros órgãos já existentes: O Departamento de Propaganda e Difusão Nacional (DPDN), que por sua vez era a evolução do Departamento Oficial de Publicidade (DOP), criado em 1931.
O DIP era dividido em diferentes setores encarregados de um determinado meio seja ele divulgação, teatro, recreação, cinema, turismo, imprensa, rádio e as demais manifestações culturais. Cada setor se responsabilizava por organizar e centralizar a publicidade interna e externa, além de instaurar censura em peças de teatros, filmes, imprensa e preparar manifestações, eventos, exposições, concertos, conferências.
Esse mecanismo de centralização permitia ao governo o controle das informações veiculadas. A rádio, o principal meio de comunicação da época, foi fundamental para divulgação política do governo. Foi neste período, aliás, que o aparelho foi regulamentado e recebeu investimentos