Vantagens e desvantagens custeio variavel
Entre os pontos negativos do Custeio Variável, o mais enfatizado pela literatura é a sua impossibilidade de utilização para fins fiscais e para divulgação de Balanço e DRE. Isso porque o custeio variável vai contra os princípios contábeis. Seguno Martins (2003):
Ele (o Custeio Variável) de fato fere os Princípios Contábeis, principalmente o Regime de Competência e a Confrontação. Segundo estes, devemos apropriar as receitas e delas deduzir todos os sacrifícios envolvidos para sua obtenção. Ora, se produzimos hoje, incorremos hoje em custos que são sacrifícios para a obtenção das receitas derivadas das vendas dos produtos feitos, e essas vendas poderão em parte vir amanhã. Não seria, dentro desse raciocínio, muito correto jogar todos os custos fixos contra as vendas de hoje, se parte dos produtos feitos só será vendida amanhã; deve então também ficar para amanhã uma parcela dos custos, quer variáveis, quer fixos, relativos a tais produtos.
Já como aspecto positivo, a literatura sustenta a importância do custeio variável na contabilidade gerencial para tomada de decisões, por esse trazer menos distorções causadas pelos custos fixos. Conforme Bruni e Fama (2004), “em função das distorções causadas pelos rateios de custos fixos ou indiretos, no processo de tomada de decisões, sugere-se a adoção do custeio variável”. Ainda sobre o assunto, Martins (2003) enumera 3 grandes problemas que ocorrem na contabilidade gerencial caso os custos fixos sejam considerados no cálculo do custo do produto. Seriam eles:
Primeiro: Por sua própria natureza, os custos fixos existem independentemente da produção ou não desta ou daquela unidade, e acabam presentes no mesmo montante, mesmo que oscilações (dentro de certos limites) ocorram no volume de produção; tendem os custos fixos a ser muito mais um encargo para que a empresa possa ter condições de produção do que sacrifício