Vantagens de uma linha de vida horizontal flexível certificada
O mercado brasileiro de segurança para trabalho em altura está evoluindo muito rápido. Um dos maiores avanços foi a publicação da
Norma Regulamentadora NR-35 (Trabalho em Altura) em setembro de 2012 e a exigência de um absorvedor de energia em talabartes de retenção de queda. Esta medida busca garantir que o trabalhador não venha a sofrer uma força de impacto superior a 6kN (aprox.
600kgf) após uma eventual queda.
Atendendo à este requisito, o talabarte de retenção de queda passou a garantir uma força de impacto semelhante àquela exigida para outros dispositivos de união como os travaquedas. De fato, além de proteger o trabalhador, essa restrição de 6kN garante que as forças resultantes geradas por uma queda nas extremidades de uma linha de vida horizontal flexível também sejam atenuadas, protegendo a integridade da estrutura onde o sistema de proteção contra quedas foi instalado.
Uma pesquisa conduzida pelo Comitê Nacional de Normas Técnica
CB-32 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) mostra alguns resultados obtidos a partir de ensaios de simulação de queda de um corpo de prova de 100Kg em uma linha de vida de 15m de vão único sem absorvedor de energia. Nestes ensaios (tabela 1), foram utilizados tanto talabartes com absorvedores de energia conforme a NBR 14629:2010 (ensaio 1) como talabartes isentos de absorvedores de energia confeccionados em cabo de aço (ensaio 2). Além disso, foi realizada uma simulação feita por software de cálculo do produto Xenon
2.0 da Honeywell conforme EN 795:2012, onde foram inseridas as mesmas características da linha de 15m utilizadas na pesquisa. O software considera 6kN como força de retenção de queda gerada pelo componente de união (talabarte ou travaqueda), no trabalhador e na linha, sendo esta a pior situação dentro da técnica de uso do equipamento. Veja na tabela abaixo os valores obtidos.
Tabela 1: Resultados de força (kN)