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O CONTEÚDO SIMBÓLICO DOS ELEMENTOS QUE CONSTITUEM O LUGAR – O COTIDIANO DO ALUNO NO ENSINO DA GEOGRAFIA.
VÂNIA NUNES MORGADO – GT CURRÍCULO
Vânia Nunes Morgado (UERJ/UFRJ)

A Geografia não se contenta em fornecer uma matéria e lugares variáveis para a forma histórica.
Ela não é somente física e humana, mas mental, como a paisagem.

(Gilles Deleuze, 1991)

O mundo passa por uma acelerada transformação, uma espiral de crescimento jamais visto no curso de sua história, marcando uma evolução no meio técnico-científico, onde a pluralidade cultural e a técnica são elementos fundamentais na sociedade. A informação, a economia, os lugares aparecem contextualizados em uma globalização. Esta configuração mundializada estrutura-se em redes de conhecimentos, que se espacializam em diferentes escalas, sendo ao mesmo tempo globais e locais (Santos, 1994).
Essa forma de organização espacial é caracterizada também pela instantaneidade da informação, que através das diferentes linguagens, aproximam os lugares, possibilitando uma tomada de conhecimento imediato, de acontecimentos simultâneos, criando entre os lugares uma relação, que tende a apresentar unidade à escala mundial. Hoje, como afirma Hobsbawm (1995) em sua obra “A Era dos Extremos”, é inconcebível pensar o mundo a partir de opostos binários, isto é, capitalismo x socialismo. O mundo estável da Guerra Fria, mais facilmente explicável, está superado e essa forma de representação tem uma certa dose de arbitrariedade, artificialismo e mesmo reducionismo.
Um mundo de crise global e de crise do conhecimento que se construíram historicamente. Diante de nossos olhos observamos um quadro de acontecimentos que nos mostram com clareza como a realidade é transitória, e que por isso, é fundamental que tenhamos consciência do caráter transitório dos saberes, que como afirma Santos (1994), leva-nos