Vanguardas europeias
Costuma-se chamar de Vanguarda Européia o conjunto de movimentos artísticos, não só na literatura, mas também na pintura e escultura, que apresentavam no início do século XX o comum desejo de renovação, de rompimento com as estéticas tradicionais. Vanguarda européia é rebeldia, é negação.
O desenvolvimento da literatura brasileira no século XX é muito importante para os estudos literários. Ocorreram muitas mudanças na arte, no chamado modernismo brasileiro. Por isso investigar a contribuição que as vanguardas européias trouxeram para as nossas letras é descobrir inovações preponderantes para o nosso aprendizado literário, é um enriquecimento para a nossa pesquisa sobre o modernismo.
O futurismo, o expressionismo, o dadaísmo, o cubismo e o surrealismo foram vanguardas revolucionárias que inovaram a literatura não somente na Europa, mas contribuíram para uma inovação na obra de arte brasileira.
O início do século XX caracteriza-se como um período marcado por grandes e rápidas transformações tecnológicas. Literalmente rápidas. Essa é era da eletricidade, do automóvel, do avião, ou seja, é o momento da velocidade, provocada pelo aperfeiçoamento das máquinas e pela crescente industrialização.
O Futurismo
O futurismo foi o primeiro movimento de vanguarda européia. Ele atingiu vários campos da experiência humana, como a literatura, as artes plásticas, a música, os costumes e a política. Portanto não se restringiu apenas à arte.
Havia uma vontade de recomeçar e de reformular temas e técnicas da arte. O futurismo teve necessidade de negar o passado, pois a arte se apegou desesperadamente ao futuro.
A história do futurismo divide-se em três fases. A primeira (1905-1909) no qual o verso livre é definido, a segunda (1909-1919), a “imaginação sem fios” é valorizada e a terceira (1919 em diante), quando se vincula ao facismo e ao nazismo alemão de Hitler. O movimento futurista foi liderado por Marinetti. Ele publicou em 1909 no jornal parisiense