Vanguardas Europeias
Antes de tudo, ressaltamos o fato de que todos os movimentos caracterizados pela arte vanguardista foram influenciados pelo panorama histórico que compunha o cenário europeu do fim do século XIX e início do século XX. Partindo deste pressuposto, façamos uma volta ao passado no intento de constatar os traços histórico-sociais que demarcaram o período em questão.
No início do século XX, as nações europeias compartilharam de vários problemas. Dentre estes podemos citar: a partilha da Ásia e África, enquanto Inglaterra e França se sobressaíram em virtude da conquista de grande parte do território e seus inúmeros recursos. Diante de tal fato, Alemanha e Itália tiveram que se contentar com pequenas porções e de baixo valor. Consequentemente, todo esse descontentamento desaguou tão somente em verdadeiras disputas pelo poderio econômico, que fizeram os países investirem em armamentos bélicos no caso de confrontos e, de maneira inevitável, eclodiu-se a Primeira Guerra Mundial.
Paralelamente ligado a estes fatos, estava o grande avanço tecnológico pelo qual perpassava a burguesia industrial em decorrência das grandes inovações (luz elétrica, o automóvel, o avião, o avanço científico, dentre outros). Diante deste processo revolucionário, a Europa daquela época dominava o restante do mundo, porém, já ecoavam rumores de que a desigualdade social viria a fazer parte deste processo: de um lado, as grandes elites, do outro, a massa dos excluídos – trabalhadores insatisfeitos em decorrência das péssimas condições de trabalho a que eram submetidos. Mediante esse clima de insatisfação irrompiam-se também as greves.
Diante de tais acontecimentos, surgiram movimentos artísticos e políticos que representaram um sentimento de oposição aos ditames impostos pela sociedade vigente. Estando à frente de seu tempo, os movimentos representados pelas vanguardas revelaram seus interesses ideológicos por meio de uma