Vanguarda
Os movimentos de vanguarda emergiram na Europa nas duas primeiras décadas do século 20 e provocaram ruptura com a tradição cultural do século 19. Foram extremamente radicais e influenciaram manifestações artísticas em todo o mundo. Utiliza-se o termo "vanguarda" para determinar as correntes artísticas do século XX, que se iniciam com o fauvismo (1905), o expressionismo (1905) e o cubismo (1907).
A palavra “vanguarda” vem do francês avant-garde (termo militar que designa o pelotão que vai à frente). Desde o início do século 20, designa aqueles que, no campo das artes ou das ideias, está à frente de seu tempo. A música de experimentação brasileira tem um alemão como deflagrador: o flautista, maestro e compositor Hans Joachim Koellreuter. Foi ele quem trouxe para o Brasil, em 1937, o dodecafonismo, método de composição de vanguarda inaugurado por Arnold Schönberg, que vinha provocando debates acalorados na Europa. Logo, o alemão conquistou discípulos importantes, como um adolescente Tom Jobim (a quem deu aulas de piano, harmonia e contraponto), Moacyr Santos, o Severino Araújo (líder da Orquestra Tabajara) e o maestro Edino Krieger (que efetivamente levou adiante o dodecafonismo no contexto da música erudita contemporânea). Segundo a pesquisadora Otília Arantes, a vanguarda brasileira atravessou três momentos diferentes: a modernidade dos anos 20 e 30, o concretismo e o neoconcretismo dos anos 50 e a produção dos anos 60. Sob influência da Jovem Guarda e dos Beatles nasceu em 1967 o Tropicalismo, movimento de vanguarda liderado por Caetano Veloso, Rogério Duprat, Gilberto Gil, Júlio Medaglia e outros; suas principais composições foram " Tropicália“ "Domingo no Parque” e “Alegria, Alegria” onde era incentivada a universalização da música brasileira inclusive com utilização de guitarras elétricas e absorção de vários gêneros musicais: pop-rock, música de vanguarda, frevo, samba, bolero, etc.