Valores e sua classificação;
Com este trabalho abordaremos sobre:
Valores e sua classificação;
A historicidade e perenidade;
Os valores no mundo contemporâneo
Antes de falamos sobre os valores, temos que levar em conta a definição de Axiologia que é o padrão dominante de valores em determinada sociedade.
Serão os valores perenes, isto é, independentes do tempo, do espaço e dos seres humanos concretos que os realizam? Ou, pelo contrário, dependem das épocas, dos homens e das culturas?
Existem defensores de uma e de outra posição. Os defensores da primeira tese fazem parte das chamadas correntes essencialistas ou substancialistas, os da segunda pertencem às correntes relativistas. Teorias essencialistas (perenidade dos valores)
Os seres actuais permitem apenas a realização dos valores. Estes, que antes de tudo são algo ideal (uma essência), em dados momentos assumem existência, quer dizer, materializam-se, concretizam-se nas obras do homem ou da natureza. As coisas, os objectos, as acções dos homens, são portadoras de valores, mas estes estão mais além, numa esfera distinta que poderemos designar como ideal. «O valor irreal torna-se real, isto é, assume existência, encarna. (…) [O valor] não consiste num ser em si mesmo, mas num ser que está noutro ser. Assim, por exemplo, um valor estético converte-se em existencial no quadro do pintor; o valor ético, na acção do homem virtuoso. O quadro do pintor passa a chamar-se ‘belo’; a acção do homem, a chamar-se ‘boa’. Isto é: os valores, portanto, só podem tornar-se existenciais sob a forma de qualidades, características, modos de ser. Não possuem um ser independente, mas são de certo modo “trazidos”, “sustentados” pelos objectos nos quais se realizam; estes objectos tornam-se o seu “suporte”. As coisas são então “portadoras” dos valores.»
Johannes Hessen
Nestas correntes, o conteúdo dos valores é absoluto e imutável. A apreensão que fazemos dos valores pode variar com os costumes, os hábitos, as instituições, as épocas,