Valor da redação na publicidade
Fui professora de português (e de inglês) e sempre defendi que um bom texto, bem argumentado e sem erros de ortografia era (e ainda é) capaz de realizar milagres. Passava noites em claro pensando em uma forma de estimular a escrita nos alunos para que eles se dessem conta da importância de escrever bem. Acho que até tive sucesso em alguns casos.
O fato é que quando adentrei nesse (maluco) mundo da Publicidade, o que mais ouvi (e ainda) ouço é Diretor de Arte, Designer, Diagramador pedindo, implorando pra diminuir o texto. É muito texto e ainda tem a imagem, eles dizem. E com base em todo esse comportamento, eu me pergunto: Qual o real valor do texto na Publicidade?
Não é preciso ser professor de português, revisor ou redator, pra saber que alguém sempre vai dizer: pra quê tanto texto? Ninguém lê mesmo! E ainda se baseiam naquela velha frase: Uma imagem vale mais que mil palavras… Será que vale mesmo? Já vi imagens que me encantaram, mas também já li textos que me arrancaram lágrimas.
São questionamentos que pipocam na minha cabeça e me fazem repensar diariamente cada texto que produzo ou que reviso. É o texto que tá extenso ou é a “preguiça” de ler que assola o público? Não estou detonando ninguém, que fique muito claro. Estou somente analisando uma situação diante de um ponto de vista.
Sou a favor da objetividade sim; mas, uma objetividade completa, com significado, desvinculada de tamanho e aliada da qualidade. Não sendo unânime, nem tomando partido, acredito que cada peça desenvolvida precisa ser analisada minunciosamente para que se tenha um bom resultado. E, me desculpem, mas o texto pode (e deve) ter seu valor reconhecido e respeitado, porque um bom texto, assim como a fotografia e a imagem, é porta de entrada para se ter