VALE BRINDE
“A ascensão de Roma marcou um novo ciclo de expansão imperial urbana, que não apenas representava um deslocamento geográfico no centro de gravidade do Mundo Antigo para a Itália, mas também um desenvolvimento sócio- econômico do modo de produção[...]”pág.51
“[...]O crescimento prematuro da República Romana seguiu o curso normal de qualquer cidade-Estado clássica ascendente: guerras locais com cidades rivais, anexação de terras, sujeição de “aliados”, fundação de colônias. Em um aspecto crítico, no entanto, o expansionismo romano se distinguia em princípio da experiência grega. A evolução constitucional da cidade conservou todo o poder político aristocrático durante a fase clássica de sua civilização urbana.[...]” pág.51
“[...] Roma jamais conheceu a transformação social de um governo despótico, que quebrasse a dominação aristocrática e conduzisse a uma subsequente democratização da cidade, baseada em uma firme agricultura média ou pequena. Em vez disto, uma nobreza hereditária manteve seu poder sólido baseado em uma constituição cívica extremamente complexa, que passou por importantes modificações populares [...]”pág.51
“[...] A República era dominada pelo Senado, que nos dois primeiros séculos de sua existência era controlado por um pequeno grupo de clãs patrícios; a qualidade de membro do Senado, que era cooptativa, era vitalícia. [...]”pág.51-52
“[...] Os consulados eram os cargos públicos executivos supremos do Estado[...]”pág.52
“Esta estrutura original implicava a dominação política pura e simples da aristocracia tradicional. Ela foi subsequentemente alterada e modificada em dois aspectos importantes, depois de lutas sucessivas que proporcionaram o equivalente romano mais próximo às fases gregas da “tirania” e da “democracia”, que sempre estivera aquém do que se obtivera na Grécia em período similar. Em primeiro lugar, plebeus recentemente enriquecidos forçaram a nobreza patrícia a lhes conceder acesso a um dos cargos consulares a partir de 366 a.C;