V6n5 5
Manuel J. Ribeiro1, José M. Ventura2 e João A. Labrincha2
1
ESTG, Instituto Politécnico de Viana do Castelo, 4900 Viana do Castelo - Portugal
2
Departamento de Engenharia Cerâmica e do Vidro, UIMC, Universidade de Aveiro
3800-193 Aveiro - Portugal – e-mail: ribeiro@estg.ipvc.pt
Resumo: Neste trabalho apresentam-se uma série de resultados que procuram explicar a influência de alguns parâmetros experimentais do processo de atomização nas características finais dos pós obtidos.
Para isto usou-se uma suspensão de argila vermelha (Negro Campos), previamente preparada, e fizeram-se sucessivas alterações das condições de atomização, nomeadamente em termos de: características da barbotina (densidade e viscosidade), diâmetro do bico, características da espiral de pulverização, pressão de bombeamento e temperatura na câmara de atomização. Palavras-chaves: atomização, parâmetros do processo
1 - Introdução
Resumidamente, pode-se afirmar que a atomização consiste na transformação de uma suspensão aquosa de partículas sólidas (denominada na cerâmica por “barbotina”) em partículas secas, a partir da pulverização da suspensão no interior de uma câmara aquecida (atomizador). O produto resultante pode ser constituído por pó, grânulos ou aglomerados de grânulos mais pequenos. A forma destas partículas depende muito das propriedades físicas e químicas da suspensão, das características do atomizador e das condições de operação.
O processo de atomização é uma técnica de obtenção de pós utilizada em muitas indústrias, como as de plásticos, resinas, detergentes, pesticidas, corantes (pigmentos), fertilizantes, produtos alimentícios (leite em pó, café solúvel, extratos de plantas, etc.), produtos farmacêuticos e também na cerâmica1.
Na fabricação de produtos cerâmicos, a atomização teve início em meados da década de 50 e atualmente mais de
50% do volume total Europeu de pavimentos, revestimentos e cerâmicas