Produção de mudas O método mais utilizado na produção de mudas de videira é a enxertia, devido aos benefícios que esta oferece, a qual visa maior tolerância a patógenos e permite manejo adequado do pomar de videira. A enxertia mais utilizada em videiras é a de garfagem do tipo fenda cheia, a qual apresenta elevada taxa de pegamento. Neste método há união entre porta-enxerto e variedade copa de interesse. O porta-enxerto a ser utilizado deve ser produzido através de estaquia, as estacas a serem selecionadas devem ser plantadas diretamente no local definitivo ou enraizadas no viveiro em sacos ou tubetes, estas devem ser cortadas provendo de duas a três gemas – cerca de 25cm a 30cm – observando-se que o corte da extremidade inferior deve ser feito em bisel e da extremidade superior de 3 cm a 5 cm acima da gema superior, o que minimiza a sua desidratação, aumentando sua durabilidade. Após, com o objetivo de reidratação das estacas, suas bases serão imergidas em água no período de 24 a 48 horas antes do plantio. Devido à tolerância ao clima brasileiro, resistência a doenças, adaptações ao solo e possuírem grande vigor; os principais porta-enxertos utilizados no Brasil são: IAC 766 ‘Campinas’, IAC 572 ‘Jales’ , IAC 313 – ‘Tropical’ e 1103 Paulsen. No momento da enxertia, os garfos a serem selecionados devem conter duas gemas, e nestes serão realizados os cortes em forma de cunha, a fim de permitir a entrada desses garfos no porta-enxerto imediatamente. O sucesso da enxertia depende intimamente da habilidade do enxertador, que deve ser capaz de cunhar os garfos de maneira a permitir contato total dos câmbios das duas partes. Após a entrada do garfo, o encontro entre ambas as partes deve ser coberto com fita plástica, a partir da região da enxertia até a extremidade do garfo (incluindo a extremidade superior), sendo que as gemas devem ficar descobertas. A variedade de copa a ser escolhida depende do objetivo final do produtor (uvas rústicas, finas, de mesa,