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explora o folclórico do sertão.
em episódios muitas vezes palpitantes surpreende a realidade nos mais leves pormenores e trabalha a linguagem com esmero.
limita-se ao quadro do regionalismo brasileiro.
é muito sutil na apresentação do cotidiano banal do jagunço.
é intimista hermético.
(PUCCAMP) As questões de números 242 e 243 referem-se ao seguinte trecho de Guimarães Rosa:
"E desse modo ele se doeu no enxergão, muitos meses, porque os ossos tomavam tempo para se ajuntar, e a fratura exposta criara bicheira. Mas os pretos cuidavam muito dele, não arrefecendo na dedicação.
– Se eu pudesse ao menos ter absolvição dos meus pecados!...
Então eles trouxeram, uma noite, muito à escondida, o padre que o confessou e conversou com ele, muito tempo, dando-lhe conselhos que o faziam chorar.
– Mas, será que Deus vai ter pena de mim, com tanta ruindade que fiz, e tendo nas costas tanto pecado mortal?
– Tem, meu filho. Deus mede a espora pela rédea, e não tira o estribo do pé de arrependimento nenhum...
E por aí a fora foi, com um sermão comprido, que acabou depondo o doente num desvencido torpor."
242. (PUCCAMP) O trecho acima representa a seguinte possibilidade entre os caminhos da literatura contemporânea.
ficção regionalista, em que se reelabora o gênero e se revaloriza um universo cultural localizado.
narrativa de cunho jornalístico, em que a linguagem comunicativa retoma e reinterpreta fatos da história recente.
ficção de natureza politizante, em que se dramatizam as condições de classes entre os protagonistas.
prosa intimista, psicologizante, em que o narrador expõe e analisa os movimentos da consciência reflexiva.
prosa de experimentação formal, em que a pesquisa lingüística torna secundária a trama narrativa.
243. (PUCCAMP) Liga-se a este trecho de Guimarães Rosa a seguinte afirmação:
É um exemplo de crise da fala narrativa,