utupia
More, Sir Thomas, Santo. Utopia. [edição preparada por George M. Logan, Robert M. Adams; tradução Jefferson Luiz Camargo, Marcelo Brandão Cipolla]. – São Paulo: Martins Fontes, 1993.
Bloch, E. (1974). La Philosophie de la Renaissance. Paris: Payot.
[…] pretender que todos trabalhem para que todos possam trabalhar menos, ao invés de se matarem uns enquanto outros ficam assistindo de camarote. A imaginação utópica quer ainda – e é penoso constatar que a imaginação tem de intervir aqui também – que todos sejam tratados de mesmo modo, homens, mulheres e crianças. Que ninguém passe necessidade. Que ninguém seja considerado superior aos outros por ter mais coisas do que eles. Que os mais competentes e honestos dirijam os negócios públicos. Que ninguém seja obrigado a fazer o que não quer, o que não pode e não deve. Ou, então, que desapareça o dinheiro. E a propriedade privada. E que exista a liberdade de expressão, e a religiosa. E que a educação seja acessível a todos. (COELHO, 1984, p. 19).
[…] no caso do ser humano, a razão é a vaidade, a idéia de que se é melhor do que os outros quando se pode ostentar grandes propriedades e todo o tipo de luxo supérfluo. Esse tipo de coisa, porém, não acontece em Utopia. (MORUS, 1993, p. 82).
Pensem na magnífica ordem que preside a arte de um Giotto; cada objeto é pintado no lugar preciso onde deve estar, no lugar correspondente à sua categoria; pensem na ordem da Divina Comédia, onde cada defunto tem seu lugar preciso no inferno, no purgatório, no paraíso; pensem na ordem da escolástica, no ordenamento dos pensamentos (Bloch, 1974, p. 60).
A própria cidade é uma criação racional, elaborada sobre a planche á dessin, que contrasta com o arbitrário e o cáos das cidades medievais (Bloch, 1974, p. 61).
A Cidade Linear no mondego é um fruto verde na Utopia.
Desenvolve-se ao longo das planícies do baixo Mondego,