Utopias de Aproximidade No PEGUE E NÃO PAGUE

Utopias de Aproximidade
No
PEGUE E NÃO PAGUE

O tema aqui proposto surgiu de uma observação particular minha a partir do Pegue e não Pague, faço a junção do A com Proximidade (como uma ligação) para retrata o processo percorrido pelo grupo em busca de uma conexão com o público/participante, porque a apresentação não é exatamente para alguém assistir e só , mas um encontro que partir do espectador ao escolher um objeto, com o performer que conta a história que o vincula ao objeto, e o que era aparentemente um simples objeto exposto sobre um tatame, passa a ser parte de duas pessoas estabelecendo uma aproximação intima.
Quando Valéria conta a história de um jogo tipo quebra cabeça com números, presenteado pela sua avó, onde elas passavam horas juntas, jogado e conversando, e que posteriormente ela o guardava na gaveta de seu guarda-roupa, assim como ele o acompanhou em sua mudança para Salvador, sentir que o seu valor está no resgate das memórias ao lado de sua Avó quele propicia. Não é o objeto em si, mas a poética que o envolve, que fez com que cada expectador presenciasse uma intervenção pessoal, carregada de memórias e sentimento.
O ser humano está a cada dia vivendo mais solitário, buscando sempre ter o seu, ser o melhor, ou seja, cada vez, mas individualista, se trancando em seu mundo, a casa que antes era o lugar, mas confortável para se está, é agora apenas um espaço para se dormir com metros quadrados menores. Zygmunt Bauman é um sociólogo polonês que busca retrata a humanidade em suas obras, nos fazendo refleti enquanto seres humanos racionais e emocionais nossas relações, pensamentos e modo em que estamos vivendo.
Em uma de suas obras “A Arte da Vida, 2008” Bauman faz um contraponto entre a vida e a arte enquanto aborda a temática da busca da felicidade na sociedade contemporânea, mostrando o quanto estamos aprisionados em nosso mundo, e se distanciando do outro, perdendo a essência do contato humano, do diálogo, e da consciência que as coisas